Os males do divórcio

28/07/2012 16:43

Vivemos em um tempo difícil e conturbado. A família tem sido alvo da difamação e da desconstrução. Os valores já não são mais os mesmos. Abrimos mão dos princípios morais em função do “ter”. Esquecemos de que devemos “ser”.

O divórcio tem sido comumente aceito na sociedade. Aliás, tem sido recomendado como algo terapêutico e viável em qualquer aspecto.

Biblicamente falando, não é bem assim!

Jesus ao ser indagado por seus algozes, faz uma menção muito linda: “Não tendes lido que o Criador, desde o princípio…” (Mt 19.4), dirigindo a decisão, não para orientações humanas ou circunstanciais. E sim, para o Senhor Deus, que fez o homem e sua mulher, estabelecendo o princípio de “Uma só carne”. Uma aliança perene e eterna. E, o profeta Malaquias expressa o sentimento de Deus sobre o repúdio – Ele, o Senhor, odeia o repúdio (Ml 2.16).

“O divórcio é a amputação para os que não se deixaram tratar, enquanto a putrefação tomava conta do corpo”. Li esta frase que me chamou muito a atenção. Trata-se de uma atitude covarde e desleal consigo mesmo, caro leitor. Pois, é a contramão de uma cura, de um tratamento, de uma reconstrução que nos impossibilita de viver harmoniosamente na primeira sociedade que somos inseridos – a família, ainda que, permeada com os defeitos e dificuldades.

O divórcio sempre nos trará mais danos que soluções. Você fica mais pobre. Verdade! Se o casal possuía um bem, ou mais, terão que dividi-lo(s) na partilha. O que, em muitos casos, não dá para adquirir mais nada e o recomeçar se torna bem mais oneroso. Trazendo assim um regresso à casa dos pais e ou padrão de vida aquém ao acostumado e conquistado.

Você tende a ter problemas emocionais. Não são poucos os casos de pessoas que se separaram que se embrenharam nas veredas da depressão, da ansiedade e outros transtornos psicológicos. E não podemos deixar de mencionar que, quando há filhos, estes são os primeiros a sinalizarem negativamente os reflexos da decisão tomada por seus pais. Outro aspecto é sempre o desconforto de ver o seu ex-conjuge em outra companhia e até, seus filhos, se submetendo a contatos com pessoas inteiramente estranhas ao seu modo e padrões de vida.

Você perderá em qualidade de vida. Muitos que se separam, ao tentarem se recompor desta árdua batalha, passam a comer mal, procuram novas amizades, normalmente superficiais e sazonais. Por vezes, trabalham mal e são demitidas de seus empregos.

Você se torna refém das armadilhas das trevas. Sim! Nesta hora, o nosso adversário em sua missão – roubar, matar e destruir, aproveitará cada minuto para tentar lhe roubar a paz, a alegria, te afastar de Deus e dos verdadeiros referenciais de amigos. Trabalhará em seu orgulho, a fim de lhe trazer conforto com os prováveis “erros de seu cônjuge”. Em relacionamentos interpessoais NINGUÉM erra sozinho.

Observando estas perdas, o conselho que fica é de lutar sempre para termos um casamento e uma família felizes. Quando desejamos a mudança de nosso cônjuge, veremos que, nós mesmos precisamos mudar primeiro. Temos que nos esforçar para estabelecermos uma comunicação satisfatória entre o casal. Defino como comunicação: É a ação de tornar comum. De que forma você tem exposto seus desejos, seus sonhos, suas vontades a seu cônjuge? O casal e a família irão ganhar? Ou só seu “gosto” que deve ser satisfeito?

Por isso, também devemos pensar que em uma relação causa/efeito, o divórcio se estabelecerá como uma maldição hereditária em nosso ciclo familiar. Muitos casais, sem perceberem, estão reproduzindo as experiências fracassadas de seus pais, permitindo que passe aos filhos e assim por diante.

Posso lhe afirmar: Uma péssima reconciliação é preferível a um bom divórcio. Devemos procurar a terapia certa e o remédio certo no momento certo. A Bíblia Sagrada é para ser lida, mas, principalmente, para ser CUMPRIDA.

Ah! E não se iludam! Tempo de casamento e posição não são seguros contra divórcio. Se a grama do vizinho parece ser mais verde, é porque ele tem cuidado muito bem. E você, tem cuidado bem do seu jardim? Nada dura muito tempo sem manutenção.

 ::Pr. Sérgio Ricardo